Agorafobia é uma condição de saúde mental caracterizada por medos irracionais de estar em locais públicos. A condição faz com que os indivíduos afetados evitem locais públicos e permaneçam presos em suas casas. Lidar com sua própria agorafobia envolve enfrentar a irracionalidade dos pensamentos de medo que ela produz e buscar a ajuda de outras pessoas. Apoiar alguém que sofre de agorafobia requer uma compreensão da condição e uma disposição para orientar e acalmar a pessoa com agorafobia nas situações que desencadeiam seu medo.
Passos
Método 1 de 3: lidando com sua própria agorafobia
Etapa 1. Fale com alguém em quem você pode confiar sobre o seu medo
O pânico causado pela agorafobia pode parecer opressor e impossível de controlar. Se você está sofrendo dessa condição, é fundamental que avise outras pessoas em sua vida, para que possam compreender e dar apoio. Conte a eles sobre as situações que desencadeiam seu medo e descreva como ele se sente.
Etapa 2. Procure ajuda de um profissional de saúde mental
As fobias são muito difíceis de lidar por conta própria. É essencial encontrar um conselheiro ou terapeuta para ajudá-lo a lidar com os sintomas e as causas de sua agorafobia. Para casos mais extremos, seu médico pode recomendar terapia cognitivo-comportamental ou medicamentos para ajudá-lo a lidar com sua condição.
Etapa 3. Tente interromper os comportamentos de evitação
Embora possa ser muito desagradável, você deve fazer o seu melhor para enfrentar regularmente as situações que desencadeiam o seu medo e pânico. Na vida moderna, a exposição a locais públicos é inevitável e, quanto mais você resistir, piores serão as consequências para sua vida.
Não faça isso sozinho. Ter um amigo ou familiar de confiança com você quando você está no ônibus, na loja ou em qualquer outra situação desencadeadora pode ser de grande ajuda
Etapa 4. Pratique técnicas de relaxamento
Se você entrar em pânico em um lugar público, tente se concentrar em controlar sua respiração em vez de se fixar em pensamentos de medo ou ansiedade. Respirar lenta e profundamente ajudará naturalmente a acalmar a resposta fisiológica do seu corpo ao medo, reduzindo sua gravidade. Feche os olhos, conte lentamente até 10 e concentre-se em inspirar pela boca e expirar pelo nariz. Visualize ambientes e imagens calmantes e lembre-se de que você não está em perigo e que o episódio vai passar.
Etapa 5. Confrontar os locais públicos lentamente e com orientação
Seu terapeuta pode ajudá-lo a explorar a "terapia de exposição", na qual você busca intencionalmente situações que desencadeiam sua resposta ao medo. Para uma pessoa com agorafobia, isso significa enfrentar situações como multidões, lugares públicos ou amplos espaços abertos. Isso deve ser feito lenta e gradualmente, e com muito cuidado, para que o medo e o pânico não se tornem opressores, colocando você ou outras pessoas em perigo. É melhor consultar seu terapeuta antes de tentar a terapia de exposição.
- É importante que, antes de iniciar este tipo de tratamento, você tenha trabalhado em técnicas de enfrentamento com seu terapeuta. Tentar a terapia de exposição sem conhecer uma maneira produtiva de lidar com a situação pode deixá-lo ainda mais amedrontado. Pratique respiração profunda, atenção plena ou outras técnicas que seu terapeuta possa sugerir.
- Você e seu terapeuta trabalharão em uma abordagem gradual. Você pode começar observando imagens de grandes multidões. Seu terapeuta pode fazer com que você se afaste cada vez mais de sua casa ou vá para lugares onde estará entre um pequeno número de pessoas (talvez uma pequena reunião na casa de um amigo) e se prepare para algo como um festival de rua lotado ou concerto.
- Após cada etapa, você começará a ver que o medo e a ansiedade são toleráveis e irão diminuir, e que as coisas que você teme que aconteçam (como ficar preso em um espaço lotado e incapaz de sair) geralmente não acontecem de fato.
Etapa 6. Desafie os pensamentos irracionais
Muitos dos pensamentos de ansiedade e medo associados à agorafobia são irracionais, o que significa que não são baseados em fatos. Compreendendo isso, você pode trabalhar para corrigir seus pensamentos, desafiando-os com evidências. Quando você está em uma situação que desencadeia sua agorafobia, pergunte-se o seguinte:
- Os fatos ou evidências apóiam meu pensamento amedrontador ou são irracionais? ("Com que frequência alguém é pisoteado enquanto faz compras em um shopping lotado? É realmente provável que isso aconteça comigo?")
- Se ocorrer uma situação assustadora ou perigosa, que medidas posso tomar para permanecer seguro? ("Posso usar meu celular para ligar para as autoridades e anotar as saídas e usá-las para sair da situação.")
- O que eu diria a outra pessoa com agorafobia para confortá-la nessa situação? ("Eu diria a ele para respirar fundo e visualizar estar em algum lugar calmo.")
- Já me senti assim antes em uma situação semelhante e, em caso afirmativo, meus temores eram justificados? ("Eu estava tão ansioso quando fomos para o parque de diversões e havia uma multidão tão grande e me senti preso - mas ninguém se machucou e eu fui capaz de chegar aonde eu precisava ir e sair facilmente quando eu queria.")
Método 2 de 3: Apoiando Alguém que Sofre de Agorafobia
Etapa 1. Fale honestamente com a pessoa sobre sua agorafobia
As fobias são poderosas e muitas vezes é difícil para alguém que sofre de fobia identificar que seus medos são irracionais e desproporcionais ao perigo real. Apoie e incentive-os a explicar os sentimentos associados à sua fobia. Pergunte-lhes sobre quaisquer experiências traumáticas que possam ter tido em espaços públicos e tente entender quando e como seus medos são desencadeados.
Etapa 2. Enfatize uma perspectiva realista
Sem envergonhar ou condescender com a pessoa amada, explique que os lugares públicos não são inerentemente perigosos. Lembre-os de como é crucial sair para o mundo para levar uma vida plena e feliz. Se estiverem preocupados com desastres, ferimentos ou perda, ajude-os a criar um plano para lidar com esses incidentes, lembrando-os de como são improváveis de ocorrer.
- Lembre-se de que as fobias não são racionais. Mesmo que um sofredor de agorafobia entenda intelectualmente que não está em perigo, pode ser impossível para ele controlar como reage. Seja paciente e não fique impaciente ou com raiva.
- Evite encorajá-los a se retirarem de locais públicos, desde que não corram nenhum perigo real. Se eles começarem a ter um sério ataque de pânico, no entanto, você deve guiá-los com calma para um lugar onde possam se sentir seguros.
Etapa 3. Mostrar comportamento adequado em locais públicos
Pode ser reconfortante e encorajador para alguém que sofre de agorafobia ver que alguém que conhece e em quem confia está confortável em uma situação que está lhe causando sofrimento. Mantenha uma atitude positiva e calma e conduza seus negócios como se nada estivesse errado.
- Incentive-os a acompanhá-lo a locais públicos com frequência, especialmente em horários em que não sejam muito lotados ou estressantes. Quanto mais exposição eles chegam à fonte de seu medo, mais fácil será para eles superá-lo.
- Evite chamar a atenção para a pessoa amada e permita que ela explore a situação sem interferências. Se eles parecerem angustiados ou com medo, pergunte gentilmente como estão se sentindo, encoraje e continue com seus negócios normais.
Etapa 4. Incentive a pessoa que sofre de agorafobia a falar com um terapeuta
Apenas um profissional de saúde mental pode diagnosticar alguém com fobia. Um conselheiro ou terapeuta saberá exatamente quais opções de tratamento buscar, incluindo terapia de exposição, terapia cognitivo-comportamental e medicação. Se eles têm dificuldade em ir às consultas por medo de sair de casa, ofereça-se para acompanhá-los ou dar uma carona.
Método 3 de 3: reconhecendo os sintomas da agorafobia
Etapa 1. Observe o medo em espaços públicos
O sintoma mais óbvio da agorafobia é um medo intenso ou uma resposta de pânico devido à exposição a um ambiente público. Se você tiver essa resposta em duas ou mais das seguintes situações, pode estar sofrendo de agorafobia:
- Estar em um ônibus, trem, avião ou outro meio de transporte público.
- Ficar em um estacionamento, um campo de esportes, em uma ponte ou em outro espaço aberto.
- Estar na fila ou em uma grande multidão.
- Saindo de casa sozinha.
- Estar em um espaço público fechado, como um escritório, loja ou cinema.
Etapa 2. Monitore a extremidade do medo
Embora muitos se sintam desconfortáveis em locais públicos, aqueles que sofrem de agorafobia exibem respostas de pânico intensas e avassaladoras. Essas respostas costumam se manifestar fisicamente com sintomas como:
- Respiração excepcionalmente difícil ou rápida.
- Sentir-se desapegado ou paralisado.
- Batimento cardíaco acelerado.
- Sensação de tontura ou prestes a desmaiar.
- Desconforto estomacal ou intestinal.
- Suando.
- Desejos urgentes de fuga.
- Agitação nervosa.
Etapa 3. Relembre experiências traumáticas em locais públicos
Aqueles que sofrem de agorafobia geralmente têm uma história de eventos dolorosos, chocantes ou traumáticos envolvendo multidões ou espaços públicos. Estar em um espaço público durante um desastre, perder-se no meio de uma multidão ou ficar preso em um lugar desconhecido são experiências que podem contribuir para a agorafobia.
Um indivíduo não precisa ter uma história traumática com espaços públicos para se qualificar como agorafóbico
Etapa 4. Esteja ciente dos comportamentos de evitação
Aqueles que sofrem de fobia muitas vezes não medem esforços para evitar se expor à fonte de seu medo. Para uma pessoa agorafóbica, isso significa uma pronunciada falta de vontade de sair de casa, mesmo quando necessário. Freqüentemente, eles não poderão visitar seus amigos ou familiares, realizar tarefas simples ou participar de atividades escolares ou de trabalho.
Etapa 5. Esteja ciente do impacto e das consequências do medo
A verdadeira agorafobia é extremamente prejudicial à vida de um indivíduo, uma vez que ele pode se ver incapaz de realizar tarefas comuns, como ir ao trabalho ou comprar mantimentos. O estresse e a ansiedade resultantes podem levar a outros distúrbios psicológicos graves, como depressão, distúrbios de ansiedade ou abuso de drogas ou álcool.
Etapa 6. Monitore a persistência do medo
Ao contrário do medo comum, as fobias persistem por um longo período de tempo, de apenas seis meses até uma vida inteira. Alguém que sofre de agorafobia terá sempre medo de espaços públicos e multidões, em vez de apenas às vezes demonstrar medo.
Etapa 7. Consulte um profissional de saúde mental
A agorafobia é uma condição psicológica grave e debilitante. Se você ou alguém que você conhece pode estar sofrendo de agorafobia, conversar com um conselheiro, terapeuta ou médico é uma etapa crucial para diagnosticar e compreender a condição. Lembre-se: somente um profissional médico pode diagnosticar ou tratar a agorafobia.